Cardo
Cardo - imagem original: knackeredhack - Licença Creative Commons

Cynara cardunculus variedade altilis

O cardo é uma planta da mesma espécie que a alcachofra, sendo muito parecido com esta. O cardo cultivado difere do cardo selvagem por ser maior em altura, ter inflorescências de maior tamanho, ter pecíolos (o talo das folhas) mais grossos e por ter menos espinhos. Do cardo pode-se comer as inflorescências, preparadas do mesmo modo que as inflorescências da alcachofra, mas ele é cultivado principalmente para o consumo dos talos das folhas, que são limpos e usados em pratos cozidos ou fritos.

Cardo com inflorescências
O cardo é parecido com a alcachofra. Ambos são plantas da espécie Cynara cardunculus - imagem original: Beachcomber1954 - Licença Creative Commons

Clima

O cardo é originário de regiões de clima mediterrâneo, mas pode ser cultivado em diversas regiões climáticas. As regiões ideais para seu cultivo têm um inverno moderadamente frio e seco, e um verão moderadamente quente. Invernos muito frios e úmidos podem prejudicar a planta.

Luminosidade

O cardo necessita de luz solar direta pelo menos por algumas horas diariamente.

Cardo cultivado
O cardo prefere verões moderadamente quentes e invernos moderadamente frios e secos - imagem original: PermaCultured - Licença Creative Commons

Solo

Cultive em solo bem drenado, profundo, fértil e rico em matéria orgânica. O cardo cresce bem na maioria dos tipos de solo e é bastante tolerante quanto ao pH do solo.

Irrigação

Irrigue de forma a manter o solo úmido nas estações do ano em que há crescimento da planta, mas sem que este permaneça encharcado. A planta é, no entanto, resistente à seca quando já se encontra bem desenvolvida.

Flores do cardo
As inflorescências do cardo podem ser consumidas, e são preparadas da mesma forma que as inflorescências da alcachofra - imagem original: Amanda Slater - Licença Creative Commons

Plantio

O cardo pode ser propagado por sementes ou por divisão de plantas com rebentos.

As sementes do cardo são semeadas geralmente na primavera, assim que a temperatura do solo esteja em pelo menos 10°C. As sementes são semeadas no local definitivo ou em sacos plásticos para mudas, vasos e outros recipientes, a cerca de 2,5 cm de profundidade. As mudas são transplantadas quando atingem aproximadamente 25 cm de altura. O espaçamento entre as fileiras pode ser de 1,2 m, e a distância entre as plantas pode ser de 38 cm.

Uma vez que se tem plantas bem desenvolvidas e com boas características, o método de propagação mais adequado é a retirada de rebentos que surgem ao redor das plantas, e que devem ser retirados cavando com cuidado ao redor da planta e separando os rebentos da planta matriz com uma faca ou pá. Os rebentos devem estar bem desenvolvidos e devem ser retirados com raízes.

Cardo com as folhas amarradas para fazer o branqueamento
No branqueamento ou estiolamento, as folhas do cardo são amarradas juntas. Um papel ou plástico opaco é usado para embrulhar o feixe de pecíolos, deixando apenas a parte superior das folhas expostas ao sol - imagem original: Edsel Little - Licença Creative Commons

Tratos culturais

Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos, especialmente nos primeiros meses de cultivo.

O branqueamento ou estiolamento dos pecíolos, se desejado, deve começar a ser feito um ou dois meses antes da colheita. Isto é feito amarrando as folhas da planta e embrulhando o feixe dos talos das folhas com um papel ou plástico escuro e opaco. Alternativamente, pode-se amontoar terra na base do feixe.

Folhas de cardo
Folhas de cardo - imagem original: Lablascovegmenu - Licença Creative Commons

Colheita

A colheita é geralmente feita no fim do outono ou começo do inverno, cortando toda a planta. Os talos devem ter as folhas e espinhos removidos antes de serem utilizados.

Pecíolos de cardo já prontos para serem usados
Talos das folhas do cardo, já limpos e cortados em pedaços, prontos para uso - imagem original: Lablascovegmenu - Licença Creative Commons