Rheum rhabarbarum ou Rheum x cultorum
O ruibarbo é uma planta perene que possui grandes folhas, cujos pecíolos (os talos das folhas) são usados como alimento. Embora tenham um sabor azedo, os talos podem ser consumidos da mesma maneira que os talos do aipo. São, contudo, principalmente usados na confecção de alimentos adoçados, como o recheio de tortas, geleias, compotas e outras sobremesas. Há cultivares que possuem pecíolos avermelhados e outras que possuem pecíolos verdes. Outras espécies de ruibarbo são usadas apenas para fins medicinais e não devem ser usadas como alimento.
Clima
O ruibarbo necessita de regiões com clima frio ou ameno para seu cultivo, pois geralmente não suporta altas temperaturas. Esta planta precisa passar um período de tempo em temperaturas abaixo de 5°C para quebrar a dormência no inverno. A exigência em dias de baixas temperaturas para quebra da dormência das plantas varia conforme a cultivar.
Luminosidade
O ruibarbo cresce melhor se receber luz solar direta pelo menos por algumas horas diariamente, mas pode tolerar um ambiente com sombra parcial, desde que haja boa luminosidade.
Solo
Cultive em solos férteis, profundos, bem drenados, ricos em matéria orgânica e ricos em nitrogênio. Esta planta tolera vários tipos de solo, crescendo bem inclusive em solos argilosos pesados. O pH ideal do solo é de 6 a 7.
Irrigação
Irrigue de forma a manter o solo úmido, mas sem que fique encharcado.
Plantio
O plantio é realizado geralmente através da divisão de plantas saudáveis com dois anos ou mais. Os pedaços de rizomas, preferencialmente já com brotos, devem ficar a 2,5 cm de profundidade, deixando apenas os brotos visíveis. As plantas podem ficar distanciadas de 75 cm a 120 cm, dependendo do tamanho da cultivar.
O plantio também pode ser feito por sementes, embora nem sempre o resultado seja satisfatório. Semeie em canteiros com fileiras espaçadas de 30 cm, a aproximadamente 2,5 cm de profundidade. Quando germinarem, deixe as mudas espaçadas por 15 cm, cortando as excedentes.
O ruibarbo pode ser cultivado em vasos grandes (com pelo menos 35 cm de diâmetro).
Tratos culturais
Retire plantas invasoras que estejam concorrendo por nutrientes e recursos, pelo menos durante os primeiros meses de crescimento da planta em cada ano.
Para aumentar a produtividade, as inflorescências podem ser cortadas assim que começarem a surgir.
Para obter talos de sabor mais suave, um branqueamento das folhas pode ser feito no fim do inverno ou início da primavera. Para isso são colocados grandes vasos ou recipientes cerâmicos apropriados, com no mínimo 45 cm de altura, de forma que as folhas brotem e cresçam privadas de luz até a colheita.
Colheita
A colheita das folhas pode ser feita na primavera e no começo do verão a partir do segundo ano do plantio, evitando colher no primeiro ano para que as plantas possam ficar mais vigorosas. Em cada colheita podem ser retiradas de um terço a até metade das folhas, deixando o restante na planta. Se todas as folhas forem retiradas, a planta demorará mais tempo para se recuperar e apresentará baixa produtividade. Retire cada folha destacando o talo na base.
Apenas os talos (pecíolos) podem ser consumidos, a folha (o limbo da folha) contém muito ácido oxálico e também contém outras substâncias tóxicas.